Numa actividade inserida nas celebrações do Mês da Mulher, o Instituto Nacional de Tecnologias de Informação e Comunicação (INTIC), IP organizou o segundo Webinar, hoje, 17 de Março, que juntou pouco mais de 40 participantes, para discutir temáticas inerentes ao ciberespaço; segurança cibernética, segurança de dados e legislação que regula o sector das TIC em Moçambique e no Mundo.
Sob moderação da Dra. Elsa Macicame, Chefe do Departamento Central de Auditoria e Conformidade no INTIC, IP, o Webinar teve quatro oradoras, nomeadamente, Dra. Inalda Ernesto, Directora Nacional de Segurança Cibernética no Instituto Nacional de Governo Electrónico (INAGE), IP, Dra. Délcia Nhamtumbo, Chefe do Departamento Central de Protecção de Dados, Engª. Lúcia Zimba e Engª. Vitalina Nhavene, técnicos do INTIC, IP.
Durante os debates, participantes parabenizaram o INTIC, IP e o grupo de mulheres do sector de TIC pela iniciativa, considerando a sua importância capital no contexto da construção da sociedade de informação inclusiva. Por outro lado, apelaram para a maior divulgação das iniciativas governamentais da participação da Mulher nas matérias ligadas ao ciberespaço, tendo questionado a evolução e o impacto das Leis e das TIC na sociedade.
Délcia Nhantubo, que falou da legislação das TIC, com enfoque no domínio de Protecção de Dados, afirmou que a Segurança Cibernética é da responsabilidade de todos quadrantes da sociedade, não sendo possível garantir-se no país, por exemplo, de forma isolada do contexto global das nações.
Por outro lado, elucidou que o INTIC, IP tem estado a trabalhar na elaboração de instrumentos legais para combater, sancionar e responder ao uso ilícito das TIC, que muito têm afectado a Mulher, duma forma particular, através de indivíduos mal intencionados que publicam ou usam conversas e fotos captadas em momentos de foro particular, sem o consentimento das vítimas, para citar algumas práticas.
Inalda Ernesto, Directora Nacional de Segurança Cibernética no INAGE, IP na sua intervenção, convidou as mulheres a aderirem aos cursos de engenharia em TIC tendo ainda dito que há um esforço por parte do Governo de Moçambique para a massificação de formações a nível do Ensino Técnico e Superior, em Segurança Cibernética.
As engenheiras Lúcia Zimba e Vitalina Morais, integrantes da Equipa Nacional de Resposta a Incidentes Informáticos (CSIRT), comungam da ideia de que constitui um grande desafio garantir a segurança cibernética para Mulher e Raparigas no contexto de mercados online, acesso livre à Internet e a condição social deste grupo alvo, que em muitos países apresenta-se com índices acentuados de vulnerabilidades.
Contudo, elas manifestam vontade de ver mais mulheres a tirarem proveito dos cursos gratuitos e online disponibilizados pelo INTIC, IP na sua pág. Web, bem como participar em palestras, workshops, webnars e outros formatos que a instituição tem promovido para capitalizar o envolvimento das mulheres e raparigas em assuntos das TIC.