Maputo, 09/10/2021 – O Banco Mundial acaba de aprovar um crédito de 150 milhões de dólares norte-americanos para financiar um Projecto de Governação e Economia Digital em Moçambique, com duração de cinco anos. Setenta e cinco (75) por cento serão para o investimento e os restantes 25 por cento para a assistência técnica e o reforço da capacidade institucional.
O principal objectivo do projecto ė a melhoria dos serviços públicos e o crescimento empresarial através de modernização dos processos de governação e de digitalização da economia. Neste contexto, o projecto vai financiar acções de reformas regulatórias que concorrem para o desenvolvimento de serviços e economia digitais, assim como para o desenvolvimento da capacidade institucional e empresarial.
Na opinião do Banco Mundial, Moçambique tem um grande potencial para uma transformação digital dinâmica, como resultado das reformas regulatórias empreendidas pelo Governo nos últimos anos, as quais impulsionaram o sector das telecomunicações e induziram um rápido crescimento da banda larga móvel, com cerca de 9 milhões de subscritores, a representar 46% da população, segundo estatísticas de 2019.
“Isso proporciona oportunidades significativas para a prestação de serviços multimodais (linhas directas, USSD e SMS), conclui o Banco Mundial”, acrescentando que 40,3% das empresas registadas em Moçambique operam com o seu próprio website, estando a taxa cerca de 10 pontos acima da média subsaariana
Citando o Índice de Comércio Eletrónico Empresa-a-Consumidor (B2C) das Nações Unidas 2018, o Banco Mundial refere ainda que Moçambique está entre os primeiros 10 países africanos, por proporção de indivíduos que fazem compras online, com 15% de pessoas com mais de 15 anos de idade a fazerem compras online.
“As melhorias nos elementos fundamentais de transformação digital, combinadas com o apoio a empresas em fase de arranque e a empresas existentes, podem ajudar a economia moçambicana a aproveitar dados digitais e novas tecnologias, para gerar novos conteúdos, ligar indivíduos a mercados e a serviços governamentais, e a lidar com os desafios que o país enfrenta na prestação de serviços públicos e na criação de emprego”, conclui.
O projecto está estruturado em três componentes técnicas e uma administrativa, nomeadamente as reformas jurídicas e institucionais, modernização dos serviços e fortalecimento do sector empresarial digital e a criação de um mecanismo eficiente de gestão do projecto.